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quinta-feira, 3 de março de 2011

MEMORIAL REFLEXIVO

Colégio Estadual marechal Artur da Costa e Silva
Educar para Mudar


MEMORIAL REFLEXIVO



A presença das tecnologias digitais em nossa cultura contemporânea cria novas possibilidades de expressão e comunicação. Cada vez mais elas estão fazendo parte do nosso cotidiano e, assim como a tecnologia da escrita, também devem ser adquiridas. Além disso, as tecnologias digitais estão introduzindo novas formas de comunicação, como a criação e uso de imagens, de som, de animação e a combinação dessas modalidades.
Tais facilidades passam a exigir o desenvolvimento de diferentes habilidades, de acordo com as diferentes modalidades utilizadas, criando uma nova área de estudo, relacionada com os diferentes tipos de letramento digital.
Vejo o curso como uma nova oportunidade de conhecimento e aprendizado. Confesso que tive dificuldades em realizar algumas tarefas, até por que ainda não conhecia o LINUX, mas o apoio da tutora foi fundamental para a superação dos obstáculos enfrentados.
Acredito que a experiência vivenciada durante o curso irá contribuir muito com o meu fazer diário.
Gostaria de encerrar com uma frase da revista Pátio que diz: “as novas tecnologias ajudam a romper com a visão cristalizada do professor como ´provedor de informação e do aluno como usuário consumidor”.


Porto Nacional 03 de março de 2011



Edilma Alves Pereira Aires
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terça-feira, 2 de novembro de 2010

MEMORIAL REFLEXIVO

Estudar é uma forma de preparar para enfrentar os desafios que a profissão oferece. O curso é uma oportunidade a mais para que eu possa melhorar profissionalmente e dessa forma contribuir ainda mais com o processo Ensino aprendizagem.
Considero que todas as oportunidades vivenciadas enriquecem minha caminhada profissional e contribuem para o aprimoramento pessoal. O curso Ensinando e Aprendendo com as TIC foi e continuará sendo mais uma oportunidade que tenho de refletir sobre algo peculiar da época em que vivemos, tornando-a mais consciente a respeito do papel que a tecnologia exerce na vida cotidiana.
Descobrir como participar efetivamente desse processo talvez seja o maior desafio, mas as oportunidades contribuem com a qualidade da educação e com a inclusão de crianças, jovens e adultos.
No decorrer do curso confesso que tive dificuldades em realizar algumas tarefas, mas o apoio da tutora e colegas foi fundamental para a superação dos obstáculos enfrentados. Sei que a vida apresenta obstáculos que são desafios para o nosso crescimento. Gosto do que faço, acredito que sempre é possível aperfeiçoar e estou aberta às inovações.
O curso foi muito significativo pra mim, pois nos remete a uma reflexão profunda sobre a prática pedagógica. Gostaria de mencionar a qualidade dos textos propostos na apostila. Material esse que ajudou a compreender melhor aquilo que fazemos como fazemos e o que pretendemos fazer para avançar ainda mais.
A U. E. onde trabalho desde 2005 não contava com laboratório de informática, porém os recursos existentes sempre foram bastante utilizados no nosso dia a dia na escola. Temos até uma Rádio Escolar e a idéia surgiu a partir da série do Salto para o Futuro exibida na TV escola. A rádio funciona desde 2006.
Para finalizar gostaria de deixar um trecho de um livro de Fhelippe Perrenoud que diz:
“Formar para as novas tecnologias é formar para o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e pesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura e a análise de textos e imagens, a representação de redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação”.






Porto Nacional 30 de outubro de 2010



Edilma Alves Pereira Aires
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CONCEITO DE CURRICULO E O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS AO CURRÍCULO

O currículo é o projeto que determina os objetivos da educação escolar e propõe um plano de ação adequado para a consecução de ditos objetivos. Supõe selecionar, de tudo aquilo que é possível ensinar, o que vai se ensinar num entorno educativo concreto. O currículo especifica o que, como e quando ensinar e o que como e quando avaliar.
O currículo que estabelecem as administrações públicas é aberto, flexível e geral, de maneira que é cada centro que adapta essas bases a seu entorno particular.
É na prática que se estabelece o diálogo entre os agentes sociais, os técnicos, as famílias, os professores e os alunos. O currículo é determinado pelo contexto, e nele adquire diferentes sentidos conforme os diversos protagonistas.
No texto da pesquisadora Maria Elizabeth Bianconcini percebe-se que há uma preocupação em integrar tecnologia e desenvolvimento curricular pois, segundo ela ainda há uma desarticulação entre si, motivo esse que dificulta o enfoque globalizante na análise de desafios e problemas. Ainda assim, são inegáveis as potencialidades do uso educativo de tecnologias. Mas, este uso traz contribuições à aprendizagem quando acontece integrado a um projeto curricular com clareza da intencionalidade pedagógica voltada ao desenvolvimento da capacidade de pensar e aprender com tecnologias. Só vale levar a tecnologia para a classe se ela estiver a serviço dos conteúdos.
(Nova Escola edição nº 223 junho/2009)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PROJETO DOCE FESTA

APRESENTAÇÃO






O Projeto Doce Festa será desenvolvido no Colégio Estadual Marechal Artur da Costa e Silva respecificamente nas turmas do 2º ao 5º ano e trás como proposta, alternativa para melhorar a participação dos estudantes nas atividades escolares, oportunizando uma experiência metodológica que possibilite o resgate do processo ensino-aprendizagem.
Buscam-se soluções para diminuir o índice de para casa não feito, infrequência, livros lidos, produção textual baixa auto-estima e indisciplina, situando-se como instrumento de prevenção, envolvendo nesse processo os pais, educando, professores, Técnica de Acompanhamento DRE, funcionários da U. E através de contatos informais que possibilitem as discussões amplas, críticas e criativas do projeto no confronto com a prática.

OBJETIVO GERAL
Criar condições para a construção de um ambiente cooperativo favorável ao resgate de sentimentos afetivos e construtivos que possibilite ao aducando a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Elevar a auto estima
 Diminuir o índice de para casa não feito, produção textual;
 Aumentar o índice de livros lidos mensalmente;
 Melhorar a participação e desempenho nas atividades em classe e extra classe;
 Melhorar o relacionamento com colegas e professor

JUSTIFICATIVA
O Projeto Doce Festa visa desenvolver o ensino de forma lúdica e criativa, criando condições desafiadoras para que o aluno construa seu próprio conhecimento na interação com o meio, através de experiências concretas numa relação teoria e prática.
METODOLOGIA
O Projeto Doce Festa será executado pelos professores do 2º ao 5º ano no período de Agosto a Dezembro.
O objetivo não é transformar a criança em um consumidor, mas elevar sua auto-estima e tornar o ensino prazeroso, buscando dessa forma melhorar a participação e o desenvolvimento na leitura e escrita.
Durante toda semana cada aluno terá um saldo de R$ 5,00 reais. Cabe a ele trabalhar para permanecer com o mesmo. São cinco ( 5 ) itens avaliados e o educando só receberá pela tarefa cumprida.
Cabe ao professor observar cuidadosamente e incentivar os alunos, pois o objetivo do projeto não é punir ou chantagear, mas mostrar a eles o valor do trabalho.

CRITERIOS AVALIADOS
 Para casa feito
 Reconto dos livros lidos e produção textual;
 Participação em sala;
 Organização dos cadernos;
 Convivência harmônica com colegas, professores e demais servidores.

OBSERVAÇÃO: o aluno que brigar na escola durante a semana perde todo o dinheiro ganho mesmo que tenha realizado todas as tarefas.

CULMINÂNCIA
Feira de brinquedos, doces e salgados...


RESPONSÁVEL
Suporte Pedagógica - Edilma Alves Pereira Aires e Maria Cristiane Gonzaga de Brito Araújo
Professoras –. Ana Araújo, Delzimar Guimarães, Deuzelina Ferreira
Diretora – Adalgisa Rodrigues Santana
Diretora Adjunta Administrativa – Maria de Jesus Dias Lima

PROJETO RADIO CONEXÃO NO CCS

GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO E CULTURA
COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL ARTUR DA COSTA E SILVA.
Educar para mudar

PROJETO: RÁDIO CONEXÃO ESCOLAR
Apresentação:
O presente projeto foi elaborado após estudo da série Escola Faz Tecnologia faz escola veiculada no programa Salto para o Futuro da TV Escola; é parte integrante do Projeto político pedagógico do CCS e deverá ser trabalhado envolvendo estudantes e toda comunidade escolar. Podendo passar por alterações anuais a fim de atender a demanda e atingir objetivos propostos para melhorar o processo pedagógico desenvolvido na referida U.E.
Justificativa:
A cada ano a tecnologia avança rapidamente e nem sempre conseguimos acompanhar tais evoluções. Uns nem sequer tem acesso ainda a muitos meios tecnológicos, outros o tem, mas não sabem utilizar os conhecimentos que podem ser aprendidos através desses meios para conseguir ter êxito em seus espaços sociais do cotidiano.
No âmbito educacional a tecnologia e suas linguagens vêm sendo introduzidas aos poucos, mas ainda não atinge a maioria dos estudantes das escolas públicas. Este projeto propõe ampliar o uso dos recursos tecnológicos de áudio que já existe na escola garantindo acesso a todos os estudantes de forma planejada com objetivos claros e de acordo com a sua Proposta Política Pedagógica.
Objetivo Geral:
Ampliar o uso dos recursos de áudio disponível, levando os estudantes a discutirem a linguagem utilizada pela tecnologia radiofônica, suas funções e utilidades na sociedade, bem como na formação sócio cultural dos indivíduos, favorecendo momentos de lazer na hora do recreio, diminuindo assim a indisciplina escolar.

Objetivos específicos:
• Promover mecanismo para trabalhar a interdisciplinaridade.
• Levar o aluno a ler e produzir textos.
• Explorar habilidades artísticas.
• Desenvolver habilidades de atenção, concentração, cooperação.
• Desenvolver a habilidade da oralidade.
• Levar o aluno a reconhecer a importância das linguagens tecnológicas.
• Promover a interatividade entre a comunidade escolar.
• Reduzir a evasão escolar oferecendo ao aluno uma nova opção de aprendizagem e entretenimento.
• Explorar o lazer saudável nos momentos recreativos;
• Desenvolver a liderança estudantil através dos monitores;
• Incentivar o compromisso e a responsabilidade frente ao processo de ensino e aprendizagem através dos critérios do regulamento.
Ações metodológicas:
• 01 - Utilizar o horário do recreio para transmissão de programações por turma sob comando dos monitores;
• 02 - Realizar oficina com os alunos da Unidade de Ensino para treinamento de uso dos equipamentos a serem utilizados na rádio. E simulações de elaboração e apresentação de um programa através de parcerias.
• 03 - Realizar oficinas, por turma, com os estudantes, de uso dos equipamentos, simulações de elaboração e apresentação de um programa, aproveitando aulas e disciplinas mais ligadas aos temas pertinentes à implantação da rádio.
• 04 - Realizar estudos em grupos na biblioteca e internet sobre o rádio: estação de transmissões, como funciona o radio, como se transmitem a onda de rádio, emissoras da cidade, a história do rádio no Brasil, etc.
• 05 - Realizar debates e ou palestras sobre a função do rádio e suas programações dentro do contexto atual.(nas disciplinas a fins)
• 06 - Criar um regulamento contendo critérios para uso e funcionamento da rádio.
• 07 - Montar programações com grupos de alunos para serem utilizadas na rádio durante o dia reservado para cada turma.(nas disciplinas a fins)
• 08 - Utilizar a rádio para divulgar trabalhos desenvolvidos em sala de aula e projetos escolares.
• 09 - Adotar caderno de registros para as atividades desenvolvidas pela rádio a ser preenchido pelo grupo de alunos responsáveis pela programação do dia.(É importante que isto faça parte do regulamento).
Cronograma das ações:
O projeto iniciou no ano de 2006 realizando estas ações a partir de junho com continuidade nos anos seguintes.
Avaliação:
A avaliação poderá ser feita através de observações continuas dos trabalhos realizados, detectando e registrando os avanços e os pontos falhos para posteriormente serem aplicados mecanismos de correções dos insucessos e divulgação dos sucessos; portanto há de se avaliar o projeto:
• Nos momentos de reuniões periódicas, assembléias, conselhos etc.
• Através de pesquisa de opinião entre os estudantes, registrando e divulgando os dados obtidos.
• Através da observação do caderno de registro das atividades da rádio, se este for adotado.

Bibliografia/indicações de vídeos.

• Apostila Salto para o futuro: Série: Escola Faz Tecnologia...faz escola.
• Revista Nova Escola, maio de 2004.
• Enciclopédia Barsa: Rádio
• Vídeos: Salto p/ o Futuro: Escola faz tecnologia...faz escola, set/2004; O mundo cibernético de 2020 – TV Escola.

domingo, 26 de setembro de 2010

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO E SUAS FORMAS DE ATUAÇÃO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO E SUAS FORMAS DE ATUAÇÃO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR







Artigo Científico apresentado ao Instituto Gênesis de Pós-Graduação, em parceria com as Faculdades JK – Brasília-DF, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista (Lato Sensu) em Psicopedagogia Clínica e Institucional sob a orientação do Prof. Msc. Rubenilson Pereira de Araujo.









PORTO NACIONAL-TO
SETEMBRO/2009.
O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO E SUAS FORMAS DE ATUAÇÃO NA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Edilma Alves Pereira
RESUMO

O objetivo desse estudo é analisar a importância do psicopedagogo na escola, para verificar o campo de trabalho e o papel que os mesmos desempenham nas escolas, e como é avaliado o trabalho desses profissionais. Pretende também verificar a atuação dos psicopedagogos, o nível de interação entre eles e a escola. Embora seja uma profissão nova no Brasil, a Psicopedagogia é uma profissão que é reconhecida não só institucionalmente e profissionalmente pela importância na ação interativa junto aos professores e alunos para completar o ciclo de aprendizagem. Mas pode se sentir que embora haja uma grande necessidade do profissional e reconheça-se esta importância, ainda não existe um programa de contratação efetiva, pois se detecta que as escolas não possuem em sua maioria a função de psicopedagogo e outras estão com problemas sérios pela defasagem do profissional em relação ao número de alunos e pelo sistema de atendimento fora da escola, o que quebra o elo e acompanhamento dos professores em relação aos alunos atendidos. O instrumento para o desenvolvimento desse estudo foi à pesquisa bibliográfica. Espera-se com o desenvolvimento deste estudo sensibilizar as autoridades da importância de se ter um psicopedagogo na escola e que isso amplie o campo de trabalho, onde não só beneficiará o profissional, mas também o aluno, no processo de aprendizagem.

Palavras-Chaves: atuação psicopedagógica, instituição escolar, aprendizagem.
ABSTRACT

This study aims to analyze the importance of the school psychologist, to check the field, the role that educational psychologists are playing in schools, and how it is being evaluated in their workload. Check the performance of psychologists, as is the level of interaction between them and the school and what form is being worked on. Although a relatively new profession in Brazil, Educational Psychology is a profession that is recognized not only institutionally, but also professionally, for the importance of interactive action with teachers and students in order to complete the learning cycle. But you can feel that although there is a great need for professional and recognize this importance, there is still no effective hiring program, because it detects that schools have mostly the role of psychologist and others are serious problems with the lag of professional in relation to the number of students and the care system outside the school, which breaks the link and follow the teachers towards the students attended. The instrument for the development of this study was the literature search. It is hoped that the study development authorities aware of the importance of having a psychologist in school and this broadens the scope of work, where not only benefit the profession, but the student in the learning process.

Keywords: performance psychopedagogic, educational institution, learning.
INTRODUÇÃO


A Psicopedagogia constitui-se, a principio, em uma composição de dois saberes - psicologia e pedagogia - que vai muito além da simples junção dessas duas palavras. Isto significa que é muito mais complexa do que a simples aglomeração de dois vocábulos, visto que visa a identificar a complexidade inerente ao que produz o saber e o não saber. É uma ciência que estuda o processo de aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo o ser em processo de construção e reconstrução do conhecimento.
Esse ramo do conhecimento surgiu no Brasil devido ao grande número de crianças com fracasso escolar e o fato de a Psicologia e a Pedagogia, isoladamente, não darem conta de resolver tais fracassos. O Psicopedagogo escolar, por sua vez, tem a função de observar e avaliar qual a verdadeira necessidade da escola e atender aos seus anseios, bem como buscar respostas e alternativas à questão do aprender, tanto no plano psíquico como no cognitivo, emocional e físico, criando um espaço multidisciplinar construtor de sua epistemologia e fundamentação verificando junto ao Projeto Político-Pedagógico, como a escola conduz o processo ensino e aprendizagem, como garante o sucesso de seus alunos e como a família exerce o seu papel de parceira nesse processo.
Considerando a escola responsável por grande parte da formação do ser humano, o trabalho do Psicopedagogo na instituição escolar tem um caráter preventivo no sentido de procurar apontar às principais habilidades e competências do Psicopedagogo e ampliar formulações teóricas sobre a aprendizagem e questão do olhar humano para solução dos problemas. O olhar do psicopedagogo se constrói na busca permanente da reflexão teórica e através das vivências e pesquisas cotidianas abertas aos novos paradigmas que apontam para a transdisciplinaridade e a complexidade. Com esta finalidade e em decorrência do grande número de crianças com dificuldades de aprendizagem e de outros desafios que englobam a família e a escola, a intervenção Psicopedagógica ganha, atualmente, espaço nas instituições de ensino.
O presente artigo surgiu da inquietação existente com a prática como educador e da convicção de que cada um constrói seus próprios conhecimentos por meio de estímulos. O objetivo do mesmo é realizar uma abordagem sobre a atuação e a importância do Psicopedagogo bem como suas formas de atuação dentro da instituição escolar.
De acordo com Gonçalves (2002, p.42)
“as relações com o conhecimento, a vinculação com a aprendizagem, as significações contidas no ato de aprender, são estudados pela Psicopedagogia a fim de que possa contribuir para a análise e reformulação de práticas educativas e para a ressignificação de atitudes subjetivas.”

A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

No Brasil, a formação do psicopedagogo vem ocorrendo em caráter regular e oficial desde a década de 70 em instituições universitárias de renome. Esta formação foi regulamentada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) em cursos de pós-graduação e especialização, com carga horária mínima de 360h. O curso deve atender às exigências mínimas do Conselho Federal de Educação quanto à carga horária, critérios de avaliação, corpo docente e outras. Não há normas e critérios para a estrutura curricular, o que leva a uma grande diversificação na formação.
No Brasil a Psicopedagogia inicia suas atividades com forte Influência da bagagem teórico-cultural de Sara Pain (França), Jorge Visca (Argentina), Alicia Fernández (Argentina). Em 1980 surge o primeiro curso de Psicopedagogia em São Paulo que resulta na fundação da Associação Paulista de Psicopedagogia, atual Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).
Visca implantou CEPs, Centro de Estudos Psicológicos no Rio de Janeiro, São Paulo, capital e Campinas, Salvador, e Curitiba. Ministrou aulas em Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Itajaí, Joinville, Maringá, Goiânia, Foz do Iguaçu e muitas outras. (Cf. BARBOSA, 2002).
Muitos outros cursos de Psicopedagogia foram surgindo ao longo deste período até os dias atuais e este crescimento não pára de acontecer o que indica uma grande procura por esta profissão.
Existe, em nosso país, há 13 anos, a Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) que dá um norte a esta profissão. Ela é responsável pela organização de eventos, pela publicação de temas relacionados à Psicopedagogia, cadastro dos profissionais.
Hoje a Psicopedagogia já possui uma marca própria, que foi construída na prática no percurso histórico. Embora a profissão do Psicopedagogo ainda não esteja regulamentada existe no Congresso Nacional um Projeto de lei (n03. 124/97) já aprovado pela Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados e atualmente em fase de estudos na Comissão de Educação, Cultura e Desporto.
Nas décadas de 70 e 80 a Psicopedagogia passou a ter um caráter interdisciplinar, recebendo contribuição de outras áreas para a melhor compreensão da aprendizagem tais como: a Psicanálise, a Lingüística, a Psicolingüística. a Psiconeurologia, a Psicologia Genética e ainda a Sociologia e Filosofia. Este período de interdisciplinaridade traz como conseqüência à ampliação da atuação do psicopedagogo. Na prática, o profissional pode também ter uma visão mais na área fonoaudiológica ou predominantemente na área da psicomotricidade ou o psicopedagogo especialista em matemática (discalculia) etc.
Ao final desta última década o trabalho Psicopedagógico é marcado pela preocupação do SER em processo de construção do conhecimento, ou seja, o ser cognoscente. O foco de trabalho da Psicopedagogia é possibilitar ao sujeito a construção de sua autonomia com tudo que isso implica a construção da cidadania, da moral, da ética, etc.; e com o objetivo de Identificar e classificar os seus obstáculos, como por exemplo, a dificuldade de aprendizagem.
Quanto ao seu conceito, a Psicopedagogia poderia ser definida como um campo do saber que tem como objeto o ser em processo de construção do conhecimento (ser cognoscente) e como objetivo trabalhar para a construção da autonomia desse sujeito, afastando os obstáculos que se opõem a essa construção. “Está comprometida com a melhoria das condições de aprendizagem, revelando sempre as condições pessoais de quem adquire o conhecimento” (Código de Ética - capítulo 1 – art.1º).
O termo Psicopedagogia apresenta-se, hoje, com uma característica especial porque se trata de uma aplicação da psicologia à pedagogia, porém tal definição não reflete o significado que esse termo assume em razão do seu nascimento. Encontramos em Lino Macedo (1992, p. 25)
“O termo já foi inventado e sinaliza de forma simples e direta uma das mais profundas e importantes razões da produção de um conhecimento científico: o de ser meio, o de ser instrumento, para outro, tanto uma perspectiva teórica ou aplicada.”

Assim, nesse sentido, enquanto produção do conhecimento científico a psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem.
Os cursos de Psicopedagogia formam profissionais aptos a trabalhar na área clínica e institucional, que pode ser a escolar, a hospitalar e a empresarial. No Brasil, só poderão exercer a profissão de psicopedagogo os portadores de certificado de conclusão em curso de especialização lato senso em Psicopedagogia em nível de pós-graduação, expedido por instituições devidamente autorizadas ou credenciadas nos termos da lei vigente.
A lei que trata do reconhecimento da profissão de psicopedagogo está na câmara dos deputados. Os psicopedagogos elaboraram vários documentos nos anos de 1995 e 1996, explicitando suas atribuições, seu campo de atuação, sua área científica e seus critérios de formação acadêmica, um trabalho que contou com a colaboração de muitos.
O Deputado Federal Barbosa Neto apresentou o projeto de reconhecimento desse profissional (Projeto de Lei 3124/97). De início, o deputado propôs uma sondagem entre os políticos da época (1996) sobre a aceitação ou não do futuro projeto. Nesse período, o MEC organizava a nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB), promulgada em dezembro do mesmo ano.
A data que formalizou a entrada do Projeto de Lei é 14 de maio de 1997. Em 24 de junho desse mesmo ano, a ABPp assumiu, em visita à câmara, o reiterar do projeto junto às lideranças políticas do país, do que resultou a sua aprovação no dia 03 de setembro de 1997 pela Comissão de Trabalho de Administração e Serviço Público.
Após esta aprovação, o projeto foi encaminhado à 2ª Comissão, que é a de Educação, Cultura e Desporto, acontecendo, então, em 18 de junho de 1998 e 06 de junho de 2000, audiências para aprofundamento do tema.
A aprovação nessa comissão ocorreu em 12 de setembro de 2001, após um trabalho exaustivo da relatora Marisa Serrano, do Deputado Federal Barbosa Neto e dos psicopedagogos que articularam tal discussão no Brasil.
Em 20 de setembro de 2001, houve mais um avanço político com a aprovação do Projeto de Lei 10891, da autoria do Deputado Estadual (SP) Claury Alves da Silva. O Projeto de Lei 10891 que:

"Autoriza o poder Executivo a implantar assistência psicológica e psicopedagógica em todos os estabelecimentos de ensino básico público, com o objetivo de diagnosticar e prevenir problemas de aprendizagem". BRASIL. Projeto de Lei 10.891.

Atualmente, o Projeto de Lei que regulamenta a profissão do Psicopedagogo está na Comissão de Constituição, Justiça e Redação para ser aprovado. Quando aprovado, irá para o Senado onde terá que passar por três comissões: Trabalho, Educação e Constituição, Justiça e Redação para, finalmente, ser sancionado pelo Presidente da República.
No momento, a profissão de Psicopedagogo, tendo em vista o trabalho de outras gestões da ABPp Associação Brasileira de Psicopedagogia e dessa última, tem amparo legal no Código Brasileiro de Ocupação. Isto quer dizer que já existe a ocupação de Psicopedagogo, porém, isso não é suficiente. Faz-se necessário que esta profissão seja regulamentada.
Sabe-se que a Psicopedagogia no Brasil está se consolidando cada vez mais, num movimento de busca concreta por respostas e alternativas aos problemas vinculados ao aprender, que se avolumam no cotidiano da escola, cujas conseqüências se fazem, cada vez mais presentes no contexto social.
Enquanto campo de conhecimento em construção sobre a articulação entre o psíquico e o cognitivo e suas profundas relações com a gênese da aprendizagem, a Psicopedagogia tem se constituído num espaço plural e multidisciplinar, na procura constante de aportes teóricos construtores de sua epistemologia e propiciadores de sua fundamentação.

A Psicopedagogia foi introduzida aqui no Brasil baseada nos modelos médicos de atuação e foi dentro desta concepção de problemas de aprendizagem que se iniciaram, a partir de 1970, cursos de formação de especialistas em Psicopedagogia na Clínica Médico-Pedagógica de Porto Alegre, com a duração de dois anos (Id. Ibid., 2000, p. 52).
De acordo com Visca, a Psicopedagogia foi inicialmente uma ação subsidiada da Medicina e da Psicologia, perfilando-se posteriormente como um conhecimento independente e complementar, possuída de um objeto de estudo, denominado de processo de aprendizagem, e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios (VISCA apud BOSSA, 2000, p. 21).
Atualmente existem cursos oficiais nos estados: Amazonas, Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito federal, Sergipe, Pernambuco, Rio grande do Norte.


ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO
Quanto à sua prática e atuação, o psicopedagogo reúne conhecimento de várias áreas e estratégias pedagógicas e psicológicas que o possibilita voltar-se para o processo de desenvolvimento e aprendizagem, atuando numa linha preventiva e/ou terapêutica.
Numa linha preventiva, o psicopedagogo pode desempenhar uma prática docente, envolvendo a preparação de profissionais da educação ou atuar dentro da própria escola.
Numa linha terapêutica, o psicopedagogo trata das dificuldades de aprendizagem diagnosticando, desenvolvendo técnicas remediativas, orientando pais e professores, estabelecendo contato com outros profissionais das áreas psicológica, psicomotora fonoaudiológica e educacional, pois tais dificuldades são multifatoriais em sua origem e, muitas vezes, no seu tratamento.
No diagnóstico, o psicopedagogo volta-se para a apreciação de aspectos psicomotor-perceptivo, lingüísticos cognitivos do indivíduo, tendo em vista as dificuldades que se apresentam e busca a compreensão do significado dos sintomas de aprendizagem na organização da personalidade do indivíduo e no seu contexto familiar, escolar e social.
O tratamento psicopedagógico define-se tanto pela adequação das estratégias utilizadas quanto pelos seus objetivos e pela qualidade da relação interpessoal que se estabelece entre o individuo atendido e o psicopedagogo. O diagnóstico e o tratamento psicopedagógico envolvem situações complexas que implicam na necessidade de uma constante revisão teórica e podem requerer a prática com supervisão.
Para Scoz (1992) “a psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, e numa ação profissional deve englobar vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os”. Já para GOLBERT (Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia, ano 4, no. 8, agosto de 1985).
o objeto de estudo da psicopedagia deve ser entendido a partir de dois enfoques: o preventivo e o terapêutico. O Enfoque preventivo considera o objeto de estudo da psicopedagogia o ser humano em desenvolvimento enquanto educável. Seu objeto de estudo é a pessoa ser educada, seus processos de desenvolvimento e as alterações de tais processos. Focaliza as possibilidades do aprender, num sentido amplo. Não se restringe a uma agência como escola, mas ir também à família e à sua comunidade. Poderá esclarecer, de forma mais ou menos sistemática, a professores, pais e administradores sobre as características das diferentes etapas do desenvolvimento, sobre progresso nos processos de aprendizagem, sobre as condições psicodinâmicas da aprendizagem, sobre as condições determinantes de dificuldades da aprendizagem. O enfoque terapêutico considera o objeto de estudo da psicopedagogia a identificação, a análise, a elaboração de uma metodologia de diagnóstico e tratamento das dificuldades de aprendizado.
Ainda o campo de atuação do psicopedagogo refere-se não só ao espaço físico onde se dá esse trabalho, mas especialmente ao espaço epistemológico que lhe cabe, ou seja, o lugar deste campo de atividade e o modo de abordar o seu objeto de estudo. A forma de abordar o objeto de estudo pode assumir características específicas, a depender da modalidade clinica preventiva e teórica uma articulando-se às outras.
Ao delimitar o campo de atuação do trabalho psicopedagógico, deve-se, no entanto, diferenciar as modalidades de atuação, especificando as suas tarefas. Dessa forma, o trabalho psicopedagógico na área preventiva de orientação no processo ensino e aprendizagem visando favorecer a apropriação do conhecimento no ser humano, ao longo da sua evolução. Esse trabalho pode se dar na forma individual ou na grupal, na área da saúde mental e da educação.
É importante conhecer os fundamentos e a formação da psicopedagogia que hoje implicam refletir sobre suas origens teóricas. Os autores Neves, Kiguel, Scoz, Golbert, Rubenstein, Veis, Barone e outros, apresentam algumas atribuições ao Psicopedagogo, assim como os argentinos Fernandez, Paín, Visca, Müller, são unânimes quanto à necessidade de conhecimento das diversas áreas que, articulados, deve fundamentar a constituição de uma teoria psicopedagógica.
Na sua função preventiva, cabe ao psicopedagogo:
- Detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem;
- Participar da dinâmica das relações da comunidade educativa a fim de favorecer o processo de integração e troca;
- Promover orientações metodológicas de acordo com as características dos indivíduos e grupos;
- Realizar processo de orientação educacional, vocacional e ocupacional, tanto na forma individual quanto em grupo.
Historicamente, a psicopedagogia nasceu para atender a patologia da aprendizagem, mas ela se tem voltado cada vez mais para uma ação preventiva, acreditando que muitas dificuldades de aprendizagem se devem à inadequada pedagogia institucional e familiar. A proposta da psicopedagogia numa ação preventiva é adotar uma postura crítica frente ao fracasso escolar numa concepção mais totalizante visando propor novas alternativas à ação voltada para a melhoria da prática pedagógica nas escolas.
Segundo Lino de Macedo (1990), o psicopedagogo no Brasil ocupa-se das seguintes atividades:
- Orientação de estudos: consiste em organizar a vida escolar da criança quando esta não sabe fazê-lo espontaneamente. Procura-se promover o melhor uso do tempo, a elaboração de uma agenda e tudo aquilo que é necessário ao “como estudar” (como ler um texto, como escrever, como estudar para prova, etc.).
- Apropriação dos conteúdos escolares: o psicopedagogo visa propiciar domínio de disciplinas escolares em que a criança não vem tendo um bom aproveitamento. Ele se diferencia do professor particular, pois o conteúdo escolar é usado apenas como uma estratégia para ajudar e fornecer ao aluno o domínio de si próprio e as condições necessárias ao desenvolvimento cognitivo.
- Desenvolvimento do raciocínio: trabalho feito com os processos de pensamento necessários ao ato de aprender. Os jogos são muito utilizados, pois são férteis no sentido de criarem um contexto de observação e diálogo sobre processos de pensar e de construir o conhecimento. Este procedimento pode promover um desenvolvimento cognitivo maior do que aquele que as escolas costumar conseguir.
- Atendimento de crianças: A psicopedagogia se presta a atender deficientes mentais, autistas ou com comprometimentos orgânicos mais graves, podendo até substituir o trabalho da escola.
O PSICOPEDAGOGO E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Diante do baixo desempenho acadêmico, as escolas estão cada vez mais preocupadas com os alunos que têm dificuldades de aprendizagem, não sabem mais o que fazer com as crianças que não aprendem de acordo com o processo considerado normal e não possuem uma política de intervenção capaz de contribuir para a superação dos problemas de aprendizagem.
Neste contexto, o psicopedagogo institucional, como um profissional qualificado, está apto a trabalhar na área da educação, dando assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para melhoria das condições do processo ensino-aprendizagem, bem como para prevenção dos problemas de aprendizagem.
Por meio de técnicas e métodos próprios, o psicopedagogo possibilita uma intervenção psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem em espaços institucionais. Juntamente com toda a equipe escolar, está mobilizado na construção de um espaço adequado às condições de aprendizagem de forma a evitar comprometimentos. Elege a metodologia e/ou a forma de intervenção com o objetivo de facilitar e/ou desobstruir tal processo.
Os desafios que surgem para o psicopedagogo dentro da instituição escolar relacionam-se de modo significativo. A sua formação pessoal e profissional implicam a configuração de uma identidade própria e singular que seja capaz de reunir qualidades, habilidades e competências de atuação na instituição escolar.
A psicopedagogia é uma área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e com os problemas dele decorrentes. Acredita-se que, se existissem nas escolas psicopedagogos trabalhando com essas dificuldades, o número de crianças com problemas seria bem menor.
Ao psicopedagogo cabe avaliar o aluno e identificar os problemas de aprendizagem, buscando conhecê-lo em seus potenciais construtivos e em suas dificuldades, encaminhando-o, por meio de um relatório, quando necessário, para outros profissionais - psicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, etc. que realizam diagnóstico especializado e exames complementares com o intuito de favorecer o desenvolvimento da potencialização humana no processo de aquisição do saber.
Segundo Dembo (apud FERMINO et al, 1994, p.57), "Evidências sugerem que um grande número de alunos possui características que requerem atenção educacional diferenciada". Neste sentido, um trabalho psicopedagógico pode contribuir muito, auxiliando educadores a aprofundarem seus conhecimentos sobre as teorias do ensino e aprendizagem e as recentes contribuições de diversas áreas do conhecimento, redefinindo-as e sintetizando-as numa ação educativa.
Esse trabalho permite que o educador se olhe como aprendente e como ensinante. Além do já mencionado, o psicopedagogo está preparado para auxiliar os educadores realizando atendimentos (psico) pedagógicos individualizados, contribuindo para a compreensão de problemas na sala de aula, permitindo ao professor ver alternativas de ação e ver como as demais técnicas podem intervir, bem como participando do diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem e do atendimento a um pequeno grupo de alunos.
Para o psicopedagogo, a experiência de intervenção junto ao professor, num processo de parceria, possibilita uma aprendizagem muito importante e enriquecedora, principalmente se os professores forem especialistas nas suas disciplinas. Não só a sua intervenção junto ao professor é positiva. Também o é a sua participação em reuniões de pais, esclarecendo o desenvolvimento dos filhos; em conselhos de classe, avaliando o processo metodológico; na escola como um todo, acompanhando a relação professor e aluno, aluno e aluno, aluno que vem de outra escola, sugerindo atividades, buscando estratégias e apoio.
Segundo Bossa (1994, p.23) cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação.
Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria ensinagem.
O estudo psicopedagógico atinge seus objetivos quando, ampliando a compreensão sobre as características e necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço para que a escola viabilize recursos para atender às necessidades de aprendizagem. Para isso, deve-se analisar o Projeto Político-Pedagógico, sobretudo quais as suas propostas de ensino e o que é valorizado como aprendizagem. Desta forma, o fazer psicopedagógico se transforma podendo se tornar uma ferramenta poderosa no auxílio de aprendizagem

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A profissão do psicopedagogo não está regulamentada, mas se encontra na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, na Câmara dos Deputados Federais, para ser aprovada. Enquanto isso, a formação do psicopedagogo vem ocorrendo em caráter regular e oficial em cursos de pós-graduação lato sensu oferecidos por instituições devidamente autorizadas ou credenciadas.
A Psicopedagogia surgiu da necessidade de melhor compreensão do processo de aprendizagem, comprometido com a transformação da realidade escolar, na medida em que possibilita, mediante dinâmicas em sala de aula, contemplar a interdisciplinaridade, juntamente com outros profissionais da escola.
O psicopedagogo estimula o desenvolvimento de relações interpessoais, o estabelecimento de vínculos, a utilização de métodos de ensino compatíveis com as mais recentes concepções a respeito desse processo. Procura envolver a equipe escolar, ajudando-a a ampliar o olhar em torno do aluno e das circunstâncias de produção do conhecimento, ajudando o aluno a superar os obstáculos que se interpõem ao pleno domínio das ferramentas necessárias à leitura do mundo.
A aprendizagem humana é determinada pela interação entre o indivíduo e o meio, da qual participam os aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Dentro dos aspectos biológicos, a criança apresenta uma série de características que lhe permitem, ou não, o desenvolvimento de conhecimentos. As características psicológicas são conseqüentes da história individual, de interações com o ambiente e com a família, o que influenciará as experiências futuras, como, por exemplo, o conceito de si próprio, insegurança, interações sociais, etc.
Nesse contexto, é pertinente afirmar que:
É fundamental que a criança seja estimulada em sua criatividade e que seja respondida às suas curiosidades por meio de descobertas concretas, desenvolvendo a sua auto-estima, criando em si uma maior segurança, confiança, tão necessária à vida adulta;
É preciso que os pais se impliquem nos processos educativos dos filhos no sentido de motivá-los afetivamente ao aprendizado.
O aprendizado formal ou a educação escolar, para ser bem-sucedida não depende apenas de uma boa escola ou de bons programas, mas, principalmente, de como a criança é tratada em casa e dos estímulos que recebe para aprender;
É preciso entender que o aprender é um processo contínuo e não cessa quando a criança está em casa.
As mudanças políticas, sociais e culturais são referenciais para compreender o que acontece nas escolas e no sistema educacional. O psicopedagogo deve saber interpretar e estar inteirado com essas mudanças para poder agir e colaborar, preocupando-se com que as experiências de aprendizagem sejam prazerosas para a criança e, sobretudo, que promovam o desenvolvimento.
A psicopedagogia, portando, pode fazer um trabalho entre os muitos profissionais, visando à descoberta e o desenvolvimento das capacidades da criança, bem como pode contribuir para que os alunos sejam capazes de olhar esse mundo em que vive de saber interpretá-lo e de nele ter condições de interferir com segurança e competência. Assim, o psicopedagogo não só contribuirá com o desenvolvimento da criança, como também contribuirá com a evolução de um mundo que melhore as condições de vida da maioria da humanidade.


REFERÊNCIAS

BRASIL. Projeto de Lei 10.891. Disponível em www.psicopedagogiaonline.com.br. Acesso em 20 de julho 2009.

BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.

BOSSA, A. Nadia; Fracasso Escolar – Um olhar psicopedagógico: Artmed, 2002 São Paulo.

CORINNE, Smith LISA Strick, Dificuldades de aprendizagem de A a Z: um guia completo para pais e educadores Artmed 2007, Porto Alegre.

IGEA, Benito del Rincón e colaboradores. Presente e futuro do trabalho psicopedagógico. Porto Alegre : Artmed, 2005.

POLITY, E. Pensando as dificuldades de aprendizagem à luz das relações familiares. Disponível em www.psicopedagogiaonline.com.br. Acesso em 12 de agosto 2009.

MACEDO, Lino de. “Prefácio” a SCOZ et alii, Psicopedagogia – Contextualização, Formação e Atuação Profissional. Porto Alegre: Artes Medicas, 1992.

COMPETÊNCIAS, CRIANDO HABILIDADES" Autor:JOÃO BEAUCLAIR; Editora: WAK EDITORA, Rio de Janeiro 2008, 3ª edição.

PAÍN, Sara; Diagnostico e tratamento dos problemas de aprendizagem – Porto Alegre: Artmed 1985.

CANO – Sánchez Manuel, BONALS e colaboradores; Avaliação Psicopedagógica Atmed – Porto Alegre, 2008.

GOLBERT, Clarissa S. Considerações sobre as atividades dos profissionais em Psicopedagogia na Região de Porto Alegre, in Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia, ano 4, no. 8, agosto de 1985.

PENSANDO SOBRE POSSIVEIS MUDANÇAS E CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS

“Se não ligar a escola, se desqualificará”. Com esse título uma revista (suplemento de informática de L’Hebdo, dezembro de 1997, p. 12) atribui a Pratick Mendelsohn, responsável pela unidade das tecnologias da formação na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Genebra, duas declarações que merecem atenção:
“ As crianças nascem em uma cultura em que se clica, e o dever dos professores é inserir no universo de seus alunos.”
“ Se a escola ministra um ensino que aparentemente não é mais útil para o uso externo, corre um risco de desqualificação. Então, como vocês querem que as crianças tenham confiança nela?”
O texto de Pedro Demo aborda sobre os desafios da linguagem no século XXI e o que a escola pode fazer para superar esses desafios. Para Demo muitas crianças têm acesso à internet e gostam menos da escola porque acreditam que aprendem melhor na internet. Outro ponto apontado por ele é que o Brasil ainda não dá muita importância para isso. Estamos estancados no que diz a ler, escrever e contar.
Neste contexto percebemos a necessidade, responsabilidade e importância que nós enquanto educadores temos em trabalhar com a mídia na escola. A importância de formar e estar preparados para isso. Um profissional com uma cara diferente como coloca Demo. Que o professor tenha acesso às tecnologias, crie blog, twiter e outros. Essa é uma forma de se comunicar com os alunos, instigando ao conhecimento com meios que os alunos gostam. Ser professor afirma Demo não é dar aulas, não é instruir, é cuidar que o aluno aprenda.
Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar,